domingo, 2 de janeiro de 2011

como vc se comporta quando esta "amando"???

EU POETA ( QUANDO “AMO”)

Eu sou um poeta, louco, procurando uma raposa pra amar. Sou um poeta e mais um pouco. Devaneio não é só coisa de louco. Às vezes sou anafrodisíaco ou mesmo afrodisíaco. Às vezes me devoro e te devoro, uso palavras de baixo escalão com alto teor de complexidade, às vezes transo com léxico ou derramo na barbárie. Posso Ser vulgo, verso, inverso ou simplesmente lasso, digo lasso, não laço. Preste muita atenção no que digo ou vai ficar perdido. A pergunta, que a tudo edificou, pode uma raposa amar a um poeta? Também se perguntou, pode um poeta amar a uma raposa? Primeiro, eu digo, é preciso saber o que é amor, e de que amor se trata. Se até mesmo uma mamãe lobo pode adotar um menino, ela pode ter por ele amor. Mas o amor aqui cativo, e ainda mais lascivo, temos que nos explicar. Vou a algum momento lhe mostrar o que há, por de baixo da mascara do poeta e da raposa que vai amar.
Sou uma raposa, temerosa, carinhosa e feita de prosa. Tenho belos dentes pra rasgar, patas vorazes pra estraçalhar. Mas não faço mal, fique de prosa, vamos conversar, apesar de que valioso seria ter um láparo para o jantar. Não te assuste com meu sorriso, a menos que eu vá te devorar, talvez eu apenas coma teus coelhos e galinhas. Perdi muito cedo, toda minha família, os homens vieram, e de minha família fizeram, um casaco de pele pra uma bela dama usar. Mas o que a dama não vê, e o que esta pra acontecer, quando o sangue derramou, a lagrima das raposas brotou e de seu coração vai jorrar, pobre moça ainda não sabe o que lhe aguarda.  Beberam na ânfora o sangue de meus irmãos, agora aguardam fogo em teus Corações. Deleitar-me-ei no sentimento, no perverso sentimento, a vingança. Ainda hei de encontra alguns reis pra me ajudar.  Mas sei que no meu caminho encontro um ser, nem animal nem humano, um poeta louco, embriagado e mais um pouco. 

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